presépio
Fizemos o presépio e o Pedro andou a brincar com os bonecos todo contente, inventando histórias em que o pastor era o Mau e atacava o Belchior, enquanto o menino Jesus nascia… Passada a brincadeira, reparámos que tinham desaparecido o menino Jesus e os seus pais. Interrogámo-lo onde os tinha posto, não fosse ter uma daquelas ideias, como já aconteceu, de os colocar na máquina de lavar roupa ou no leitor de cassetes áudio (que já ninguém usa o que nos tem safado de estragar a aparelhagem!). Não se descoseu. Limitou-se a sorrir com ar matreiro e a dizer que não sabia. Mais tarde, já o assunto estava esquecido, fui guardar algumas coisas na minha mala: carteira, chaves, bolsa dos óculos, que pelo volume continha os óculos escuros, já que os outros estavam postos, etc. Vasculhando melhor a mala que ficaria em casa para me certificar que não deixava lá nada de importante (que ficavam só aquele molhos de papeis e outras coisas inúteis, que insisto em acumular nas malas e por vezes, só anos mais tarde me desfaço delas, interrogando-me porque raio terei decidido guardá-las se não me serviram absolutamente para nada), encontrei os óculos escuros assim à solta. Interroguei-me o que estariam ali os óculos a fazer se mesmo há pouco tinha sentido na minha mão, a bolsa dos óculos com óculos lá dentro. Despistada como sou, imaginei logo que tinha guardado na bolsa um par de óculos alheio, imaginando quem seria o desgraçado que lá teria de ir para o trabalho na segunda-feira de sol de olhos semicerrados. Abri a bolsa e lá estava a família completa: o menino Jesus bem aconchegadinho com os seus pais. Hoje de manhã no caminho para a escola questionei o Pedro sobre o evento. Respondeu-me: guardei-os lá para ficarem quentinhos, porque está muito frio.
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