problema

Interrogávamo-nos do porquê de algo. Como nenhum de nós sabia a resposta o Pedro considerou tratar-se de um “problema pensativo”.

discU...


Conversava com uma amiga sobre uma discoteca. O Pedro perguntou o que era uma discoteca e expliquei-lhe que era um local onde tocava música e as pessoas dançavam.

Ele perguntou-me:

Porque é que se chama discUteca? Não vem da palavra discutir?


(Nesta nova era há que repensar determinadas terminologias... )

uma flor

Saltitavam os três miúdos, que nos acompanhavam, por entre a relva a apanhar pequeninas flores - daquelas que dão dores de cabeça aos jardineiros - que nos vinham entregar como oferta. As ofertas eram tantas, que os crescidos já não tinham mais casas de botões onde as pôr.
Um dos pais disse, por fim, que já chegava, que arrancar flores as matava.
O pequeno João, de 3 anos, pegou na flor que trazia na mão, colocou-a de volta na relva, tentando que ela se pusesse de pé, como estava antes de a apanhar e disse: desculpa flor.
o mágico

uma questão de coerência

A mãe do Nuno de 5 anos e do João de 3 anos, comentava comigo aquelas coisas dos miúdos dizerem que não gostam de uma comida, mesmo sem provarem e que depois de provarem, por vezes gostavam muito. O Nuno, atento à conversa aproveitou logo para informar:
Eu dantes não gostava de atum e agora adoro!
O João, que não quis ficar atrás do irmão mais velho, acrescentou:
Eu dantes não gostava de atum e agora não gosto!

disfarce


A mãe do Gabriel madou-me esta deliciosa mensagem:


Num Domingo, em vésperas do Carnaval, o Gabriel foi almoçar comigo e com um casal amigo a um restaurante. Às tantas reparou que a parede era rugosa e perguntou: Isto como chama?, passando os dedos pela parede. Eu disse-lhe que era a parede e que era rugosa, ou seja que não era lisa como as paredes da nossa casa. Por uns segundos o Gabriel continuou a sentir a textura e depois disse:


A parede está disfarçada de arroz.


Gabriel, 3 anos

quando o Gabriel for grande


Pergunta a mãe ao Gabriel (a propósito de um episódio do Harry e o balde de dinossauros que estava a dar na televisão, em que o Harry dizia que, quando fosse grande, queria ser tratador de animais no jardim zoológico): Gabriel, o que é que queres ser quando fores grande?

Resposta (após 5 segundos a pensar): Quando for grande quero ser girafa!


Gabriel, 3 anos

conversa ao pequeno-almoço III

Ele: Mãe, se puseres a sopa no congelador, ela fica congelada?
Eu: Sim, fica.
Ele: Então e se a puseres de pernas para o ar?

o Nuno


O pai do Nuno de 5 anos e do João de 3 anos, chegou um dia a casa, muito cansado do trabalho e pediu aos filhos que se portassem bem, porque ele tivera um dia muito difícil a trabalhar sozinho, sem ajuda.


O Nuno perguntou-lhe porque, não tendo o pai ajuda, não o tinha ido buscar à escola, que ele, Nuno, o teria ajudado no seu dia de trabalho. E disse-lhe ainda que se tal se repetisse, para ele o fazer.


O pai e a mãe acharam muito doce esta atitude do Nuno. Dias mais tarde, a mãe contou à avó do Nuno o sucedido, na presença dele. Nesse mesmo dia à noite, quando a mãe o deitava, o Nuno disse-lhe:


Mãe, se tu alguma vez precisares de ajuda no teu trabalho, também me podes ir buscar à escola para eu te ajudar...

riso de fada






O Pedro conheceu uma "fada" na terça-feira de Carnaval no parque infantil.

Brincaram a uma distância à qual não ouvia o que diziam um ao outro, mas via-os rirem muito. Pareciam encantados um com o outro.

Passado algum tempo, a fada veio ter comigo, com o grande sorriso que detinha desde o início da brincadeira, e disse-me: Ele faz-me rir...

E voltou para junto dele... ainda a rir.