legendas personalizadas


Eu fiz os desenhos dos guerreiros. Ele pôs-lhes nomes e ofereceu cada um deles a alguém. Para não se esquecer, colocou legendas: o nome do guerreiro seguido do nome da pessoa a quem o ofereceu.

Leonardo, para Pedro V. (ele próprio).

Francisco, para Suzete (a avó).

Júlio, para a Mãe (eu própria).

Zorro, para o Pai.

João, para Romeu.

Pedro, 4 anos

prendas de Natal

Se o Pai Natal me tivesse trazido uma torradeira ou uma máquina de café, eu não tinha gostado.

Pedro, 4 anos

patins


Ganhei uns patins-em-linha no Natal e fui andar com o Pedro, enquanto ele andava na sua bicicleta. A determinada altura, ele queria que eu parasse, mas como ando a aprender tenho alguma dificuldade em fazê-lo e pus-me aos círculos enquanto travava. Como achou que eu não estava a ser suficientemente eficiente, sugeriu-me "vai contra um muro qualquer!". Com um instritutor assim vou longe...

explicação

Perdemos na rua a descarregar o carro, uma fralda de pano daquelas onde ele ainda gosta de se aninhar para dormir. Ainda fizemos o caminho de volta mas não a encontrámos. No dia seguinte disse-me: Sabes porque é que a minha fralda desapareceu? Porque como é muito fofinha derreteu-se coma chuva.

Pedro, 4 anos

aspirar


A televisão estava dar "curling"e o Pedro viu uns minutos pela primeira vez. Um daqueles senhores que andam muito à pressa com umas vassouras, atirou a vassoura para longe em forma de festejo, após uma vitória. O Pedro quando tal viu disse "aquele senhor deixou cair o aspirador"

presépio

Fizemos o presépio e o Pedro andou a brincar com os bonecos todo contente, inventando histórias em que o pastor era o Mau e atacava o Belchior, enquanto o menino Jesus nascia… Passada a brincadeira, reparámos que tinham desaparecido o menino Jesus e os seus pais. Interrogámo-lo onde os tinha posto, não fosse ter uma daquelas ideias, como já aconteceu, de os colocar na máquina de lavar roupa ou no leitor de cassetes áudio (que já ninguém usa o que nos tem safado de estragar a aparelhagem!). Não se descoseu. Limitou-se a sorrir com ar matreiro e a dizer que não sabia. Mais tarde, já o assunto estava esquecido, fui guardar algumas coisas na minha mala: carteira, chaves, bolsa dos óculos, que pelo volume continha os óculos escuros, já que os outros estavam postos, etc. Vasculhando melhor a mala que ficaria em casa para me certificar que não deixava lá nada de importante (que ficavam só aquele molhos de papeis e outras coisas inúteis, que insisto em acumular nas malas e por vezes, só anos mais tarde me desfaço delas, interrogando-me porque raio terei decidido guardá-las se não me serviram absolutamente para nada), encontrei os óculos escuros assim à solta. Interroguei-me o que estariam ali os óculos a fazer se mesmo há pouco tinha sentido na minha mão, a bolsa dos óculos com óculos lá dentro. Despistada como sou, imaginei logo que tinha guardado na bolsa um par de óculos alheio, imaginando quem seria o desgraçado que lá teria de ir para o trabalho na segunda-feira de sol de olhos semicerrados. Abri a bolsa e lá estava a família completa: o menino Jesus bem aconchegadinho com os seus pais. Hoje de manhã no caminho para a escola questionei o Pedro sobre o evento. Respondeu-me: guardei-os lá para ficarem quentinhos, porque está muito frio.

pouca-terra

Na escola do Martim a educadora pôs os meninos a regressar do refeitório para a sala em fila-indiana, fazendo de conta que era um comboio. O Martim, de 2 anos e meio, lá ia no meio dos seus colegas todo contente fazendo tu-tuu. De repente saiu da fila e pôs-se a caminhar ao lado da fila. Quando a educadora quis saber porque o tinha feito o Martim respondeu “Estou farto de andar de comboio. Agora vou a pé.”