tic-tac

Lembram-se daqueles relógios de plástico manhosos com ponteiros que andavam com a força dos dedos que os empurravam, que se compravam nas feiras, para os miúdos achassem que tinham um relógio como o do pai ou do avô? Estou a falar de coisas com 20-30 anos… (deve haver quem não se lembre).Pois, mas os relógios eram assim: “ranhosos”, cores garridas, fivela dourada que deixava o pulso verde ao fim de poucas horas de uso, durabilidade curta e ponteiros sem vida própria. A mãe do André comprou-lhe um quando ele tinha os seus 3-4 anos, porque ele gostava muito dos relógios de pulso dos adultos aos quais encostava o ouvido para escutar o tic-tac. Quando viu o relógio ficou radiante e pediu ajuda para o colocar no pulso. Depois, encostou-o ao ouvido e esperou. Como não houve resposta, arrancou-o do braço e atirou-o pela janela do segundo andar. “Então André?” perguntou a mãe. “Não presta. Está avariado. Não faz tic-tac.”

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